Quantas vezes é que já foram abordados por alguém a vendar pensos rápidos? Inúmeras certamente. Geralmente são mulheres ou crianças de raça cigana. Nunca compro. Não gosto de dar dinheiro. Prefiro dar comida. Pagar o pequeno-almoço ou o almoço. Não sei o que fazem com o dinheiro, por isso defendo outras formas de ajudar. E hoje, estava na Fnac do Colombo a folhear livros, quando me aparece uma senhora, grávida, a vender pensos. Comecei por dizer que não. Em seguida pediu-me que lhe comprasse um pacote de fraldas porque tinha um bebé em casa, e não tem possibilidade para as comprar. Acabei por ir com ela ao Continente e comprei-lhe um pacote de fraldas. Perguntei-lhe se tinha fome. Disse-me que sim. Levei-a a almoçar. Deixei-a sentada à frente de um prato de carne com salada, batatas fritas e arroz e fui à minha vida. Ela só queria uma sandes. Argumentei que estava grávida e que uma sandes seguramente não chegava. Reparei que as pessoas na fila olhavam para mim. Perceberam que eu lhe ia pagar o almoço. Pelo menos hoje sei que não passou fome, não sei como será amanhã. Sei que não lhe resolvi os problemas. Mas ajudei como pude. Ela queria roupa para o bebé que ia nascer. Não sei se a volto a encontrar. Não lhe dei o número de telemóvel conforme me pediu. Desconheço as consequências que isso me traria. Se o destino entender voltaremos a cruzar-nos e aí vou comprar-lhe roupa para os filhos. Tenho a certeza de que são centenas as pessoas que diariamente andam no Colombo. Se cada uma contribuir com fraldas, ou roupa de criança, provavelmente a senhora não precisa de vender pensos rápidos.
2 comentários
Nunca tive dúvidas...és uma pessoa especial!
:)
Pois não, não precisaria de vender mais pensos... :-)
Mas, não há muita gente com a tua atitude. Ainda hoje vi isso...
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