
Às vezes pergunto-me se de facto pertencemos a algum lugar. Gosto muito do meu país e adoro Lisboa. Acho que temos um clima fantástico, comida muito boa, estamos à beira-mar plantados, and so on... e cada vez que viajo tenho de tomar um café logo no aeroporto de Lisboa ao aterrar, e depois temos aquele pão Alentejano que não há em mais lugar nenhum. Mas também sinto que existem sítios fantásticos onde eu me veria a viver e a trabalhar. Adoro pessoas e sítios com histórias para contar. E ultimamente tenho visto muitos colegas de trabalho irem para Inglaterra, Austrália e até mesmo o Dubai. Preciso de sol, e Londres por exemplo vive na penumbra a maior parte do tempo. O meu espírito inquieto diz-me que posso experimentar, que possivelmente até vai resultar, que agora é a altura certa... mas depois o coração pede-me que fique.E digo sempre, talvez um dia destes ganhe coragem e vá, por um ano, por dois, para estudar e trabalhar. Não sou fundamentalista, acho que temos boas universidades. Contudo, viver fora torna-nos cidadãos do mundo, abre-nos o horizonte, faz-nos pessoas melhores, mais tolerantes. E mesmo que fosse apenas por um ou dois anos, com a desculpa de um mestrado ou MBA sinto que devia mesmo ir...