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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Porque é que ainda existem casamentos?

Sinto-me em contraciclo. Quando a maioria dos casais se decidiu separar, eu e ele vamos casar. A cada semana que passa tenho conhecimento de mais um casal de amigos ou conhecidos que decidiu por fim ao #atévelhinhos. Aos 35 anos continuo a acreditar que casar é diferente de viver junto (e digo isto com o maior respeito do mundo por quem decidiu juntar trapinhos sem assinar papéis). No meu caso o casamento será pela igreja. Acredito em Deus, sou católica, vejo o casamento como a união de duas pessoas perante as respetivas famílias. Não faria sentido para mim não casar e não assumir perante a sociedade que queremos ser marido e mulher. Se fossemos simplesmente ao registo civil, acho que estaríamos apenas a assinar um contrato. Casar pela igreja enche de significado a nossa união. Gosto do simbolismo das alianças e do ritual inerente ao casamento. Ainda faz sentido? Para nós sim. No dia do casamento terei 36 anos e ele 41. Não temos filhos, nunca fomos casados, encontrámo-nos na idade em que a maioria se divorcia, mas isso não nos preocupa em nada. Pode parecer antiquado, fundamentalista, old fashion, mas para mim casar é mesmo diferente de viver em união de facto. E que sei eu de casamentos para dizer isto? Nada. Sou apenas convicta dos valores do mesmo. Tenho pais casados há mais de 35 anos, os pais das minhas bffs são igualmente casados há uma vida, os pais do meu namorado idem. Nem sempre o casamento resulta, e para isso existe o divórcio. Não estou livre disso. Contudo, prefiro realmente acreditar que os casamentos duram se realmente duas pessoas quiserem. A vida a dois não é fácil e só resulta quando alimentada diariamente. Acredito também que há pessoas com vocação para partilhar tudo o que têm e pessoas e não têm vocação para isso. Felizmente encontrei alguém que acretida tanto quanto eu que vale a pena viver a dois.
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