Hoje enquanto estava no cabeleireiro não pude deixar de ouvir a conversa de uma senhora com os seus 60 anos, com uma das cabeleireiras. Falava de ácido urico, glicose, das idas aos vários médicos.... e eu só pensava, Deus me dê lucidez de espírito para chegar a essa idade e evitar este tipo de conversas. É isso e aquelas pessoas que contam a vida toda, desde pequeninos, enquanto dura um brushing. Aceito que a solidão pesa, ou que por vezes os que temos em casa podem não estar para lamúrias, mas expôr a nossa vida no cabeleireiro? Mas há pior... As salas de espera dos consultórios estão pejadas de atletas de alta competição patológica. Há pessoas que passam o dia em consultas e exames, que dominam o nome dos médicos das várias especialidades, e ainda querem saber de que padece o vizinho do lado. Não vá o diabo tecê-las e arranjar um mal maior que o seu, e isso é que não. Haja paciência e poder de encaixe, porque histórias do arco da velha é que não falta por aí...