Hoje enquanto estava no cabeleireiro não pude deixar de ouvir a conversa de uma senhora com os seus 60 anos, com uma das cabeleireiras. Falava de ácido urico, glicose, das idas aos vários médicos.... e eu só pensava, Deus me dê lucidez de espírito para chegar a essa idade e evitar este tipo de conversas. É isso e aquelas pessoas que contam a vida toda, desde pequeninos, enquanto dura um brushing. Aceito que a solidão pesa, ou que por vezes os que temos em casa podem não estar para lamúrias, mas expôr a nossa vida no cabeleireiro? Mas há pior... As salas de espera dos consultórios estão pejadas de atletas de alta competição patológica. Há pessoas que passam o dia em consultas e exames, que dominam o nome dos médicos das várias especialidades, e ainda querem saber de que padece o vizinho do lado. Não vá o diabo tecê-las e arranjar um mal maior que o seu, e isso é que não. Haja paciência e poder de encaixe, porque histórias do arco da velha é que não falta por aí...
2 comentários
olá!
Concordo muito com este post! Infelizmente há gente que passa a vida a queixar-se. Tenho é pena dos profissionais que passam o dia a ouvir essas histórias...
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Concordo com o que dizes, mas, tal como dizes, a solidão pesa... A velhice e a desculpa de irem ao médico é o melhor para combater a solidão. São pessoas capazes de passar dias, semanas, meses sozinhas em casa sem verem nem falarem com ninguém (dai, nos ultimos tempos, descobrirem montes de velhotes mortos em casa há vários dias/meses/anos). Não é uma moda, é uma realidade!
Tenho amigos que trabalham em hospitais, que me dizem que nas vésperas de Natal/ passagem de ano e outros feriados, os hospitais enchem com velhotes que simplesmente não querem passar as efemérides sozinhos... É uma triste realidade que não desejo a mim nem a ninguém.
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