Vai-se andando...

Fui ao Casino Lisboa ver a peça "Vai-se Andando" e como é óbvio morri a rir! Quase duas horas de José Pedro Gomes non stop, a solo, no seu melhor. O retrato do país é fiel. Recomendo. Não sei onde é que os criticozinhos foram ver a peça para dizerem que é mais do mesmo... E se for? Qual é o problema de ser na mesma linha da "Conversa da Treta"? Gentinha pequena arreeeeeeeeee! O melhor é que estava esgotado, sala cheia. Acho que a melhor crítica é a do espectador que paga o bilhetinho, certo?

Não fosse muita a vontade de ver a peça e tinha-me vindo embora. Passo a explicar. Levei a minha afilhada que tem 18 aninhos ainda frescos. Ora o porteiro com cara de mau pediu-lhe logo o BI. A miúda que sabia que quando sai com a madrinha não tem de se preocupar, tinha deixado a mala em casa. Resultado, confusão da grossa. Ela não pode circular pelas àreas comuns do casino, e para aceder ao auditório, propuseram-nos ir directinhas pelo elevador, com outro segurança à espera no 2º andar. Não vá eu desviar a rapariga para os maus hábitos do jogo. Whatttttttttttttttttt? Passei-me, so podia! Exigi o livro de reclamações. Ora se eu adulta responsável, garanto que ela tem 18 anos, e estou responsável por ela, atesto que a minha palavra é verdade, porque é que não nos deixaram em paz? São ordens, responderam. Veio a responsável do casino falar comigo. Como sou teimosa e senti-me ofendida escrevi no livro de reclamações. Os rufias podem entrar claro, desde que tragam o BI, e este até pode ser falso, não interessa. A minha afilhada mal pode circular pelo casino, quando nem sequer fomos jogar! Não há pachorra!!!!! É o país que temos!!!