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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Puerpério, a realidade mora aqui ...

Ter um bébé pequenino em casa faz com que a vida entre noutra dimensão. Vivemos a um ritmo muito próprio das circuntâncias. Há uma espécie de bolha de amor que nos isola do mundo exterior. Nada mais importa. Somos só nós os 3, a aprender a viver como família. Mas nem tudo é fácil. Nos primeiros dois ou três dias, estava exausta do parto e só tinha vontade de chorar. As horas de sono são poucas e não ajudam o corpo a recuperar. Depois veio a subida de leite, mamas doridas, mamilos gretados. Continuo a perder sangue. Ando com cuecas de incontinência por ser muito mais prático e higiénico (nada estético, parece que tal como o meu filho uso fralda). Confesso que há dias em que me esqueço de tomar banho, tal não é o meu foco nos cuidados ao Manel. Os dias passam entre muda da fralda, dar de mamar, dar banho, acalmar as cólicas... É fácil no meio disto perdermo-nos de quem somos. Aproveito os periodos em que ele dorme, para dormir também. O pai ajuda a cuidar da casa, vai às compras, faz comida. No dia em que o Manel fez 1 semana de vida conduzi pela primeira vez. O pai ficou a vigiar-lhe o sono e eu fui aproveitar a janela de 3 horas em que ele normalmente está a dormir. Perdi 8 kg em 8 dias. Enfiei-me novamente num vestido tamanho M (com fralda por baixo, garanto que não se nota nada), perfumei-me e fui apanhar ar. Tomei café e fui ao cabeleireiro. Precisava de ar da rua. Ar que não esteja saturado de cheiro a leite e cócós. Senti-me bem, feliz e bonita. Cuidarmos de nós é importante. O bébé precisa de uma mãe feliz e tranquila. Regressei a casa com energia reforçada.
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